domingo, 19 de janeiro de 2014

divagações de um coração dorido

logo quando estava a me sentir melhor, tinha que voltar! penetrante, atordoante. custa a respirar. tolda a visão. que estúpido, não devia acontecer novamente! pensei que já tinha tudo passado. afinal volta, subrepticiamente sem que dê por ela.

a dor é romba e espalha-se. impede-me de voltar a pensar. como um mergulho que demora demasiado e com agulhas que começam esfaquear os pulmões. pesa sobre o peito, dói. é como se estivesse submerso nas coisas coisas que passaram e que esqueci. mas não esqueci!

 tanta coisa que preferia me lembrar, e é isto que ficou gravado no inconsciente.
o melhor é continuar a fazer de conta que já passou. é isso, ignora... faz de conta que não sentes.

é forte de mais para enfrentar de frente. curioso, de tantas coisas fortes que se canta e escreve, nunca julguei que esta fosse das mais potentes. a dor que só se sente sem ferir o corpo. só fere a alma. grito por dentro e calo por fora. é isto que sentem os loucos? que sem pudor partilham o seu desconforto. será?

foda-se esta merda toda.

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